Fonte da imagem: divulgação/Jeopardy
A IBM acaba de fazer mais um progresso com as supermáquinas. Depois de criar o Deep Blue e torná-lo num verdadeiro gênio do xadrez (capaz de derrotar o campeão mundial Garry Kasparov), a empresa decidiu criar o Watson, um computador que interpreta a voz humana, pensa como os humanos e responde mais rápido que nós.
Watson, nome concedido em homenagem ao fundador da IBM (Thomas J. Watson), foi testado durante um jogo de perguntas e respostas televisivo, conhecido como Jeopardy — em tradução livre: “arrisque-se”. O computador desafiou dois humanos para ver quem respondia com mais rapidez. O jogo durou três dias e, finalmente, agora sabemos que definitivamente os computadores estão ultrapassando os seres humanos.
O motivo da derrota
Ken Jennings e Brad Rutter eram os desafiantes, que até conseguiram acertar algumas perguntas antes que o computador. No entanto, após acabar a competição, os dois humanos juntos não conseguiram pontuar nem metade do que Watson fez. Para responder às perguntas com tamanha velocidade, o supercomputador contou com o software DeepQA (desenvolvido pela própria IBM), que funciona graças ao SUSE® Linux Enterprise Server 11.
Apesar de parecer uma derrota, não há por que ficarmos triste com a notícia. O Watson só teve tamanho sucesso porque é um monstro em tamanho e processamento. Esta máquina é um grande amontoado de outros computadores. São 90 computadores IBM Power 750 interconectados, os quais totalizam 2.880 núcleos POWER7 e 16 TB de memória RAM.
Para ter uma ideia da grandeza, basta pensar que cada IBM Power 750 utiliza quatro processadores de oito núcleos (cada um capaz de executar quatro threads), os quais operam a 3,55 GHz. Todo esse poder exige nada menos que 80 kW/h, enquanto que o cérebro humano utiliza 20 W. Além disso, o Watson necessita de refrigeração especial e nós não!
Ainda somos os mais inteligentes
Apesar de parecer que a máquina nos derrotou, temos de ter a convicção que isso vai demorar muito para acontecer. Até porque o Watson ganhou o prêmio de 1 milhão de dólares, mas quem vai se beneficiar desse montante são instituições de caridade, as quais receberão o dinheiro diretamente da IBM.
Vale lembrar que o IBM Watson prova que somos capazes de desenvolver computadores tão rápidos quanto nós mesmos, mas não tão inteligentes. Afinal, as máquinas ainda não conseguem criar nada, enquanto que nós humanos vamos muito além. Vamos torcer para que a IBM não crie nenhum computador capaz de ganhar um concurso de arte, pois aí deveremos nos preocupar.
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